Até parece que estamos na Venezuela, onde o Presidente Hugo Chávez manda a todo instante fechar emissoras de rádio e televisão. O jornal "O Estado de São Paulo", tradicionalíssimo e respeitado mundialmente, vive uma censura impostas por familiares do senador José Sarnei, onde fica proibida a publicação de denúncias que envolvam o político. O drama do Estadão, como é popularmente conhecido o jornal, já dura 178 dias e parece passar despercebida aos olhos da justiça brasileira. Aliás, foi justamente a nossa justiça quem determinou tal ato de retrocesso a uma época que assolou o país.
Também em São Paulo, em plena comemoração dos 456 anos da cidade, a rede de rádios Jovem Pan lançou uma campanha, visando barrar mais uma censura ao direito à informação e a liberdade de imprensa. A Federação Paulista de Futebol (FBF) proibiu o acesso ao gramado do campo de futebol por qualquer profissional da imprensa, inviabilizando as tradicionais entrevistas dentro das quatro linhas, imprescindíveis para esclarecer fatos no calor dos acontecimentos. Estão tentando tirar a emoção do futebol. A determinação da FPF não leva em conta os interesses dos torcedores, nem a opinião dos dirigentes dos clubes paulistas, visa única e exclusivamente os interesses da emissora de tv detentora dos direitos de transmissão, conforme denuncia a Jovem Pan, por meio dos depoimentos de respeitados jornalistas.
A nível nacional, o projeto de lei que trata dos "direitos humanos" no Brasil, parece ter se inspirado nas truculências do nosso vizinho venezuelano, instituindo verdadeiras ameaças a imprensa brasileira. Todavia, melhor não estender muito o assunto, pois este simples blog não teria forças para sobreviver a ditadura que parece estar de volta, num país onde "manda quem pode e obedece quem tem juízo".
