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A notícia pode ser velha mas o fato é no mínimo curioso. Ao realizar uma pesquisa na internet, me deparei com uma matéria do jornal O Estado de São Paulo com a seguinte manchete: "Advogado consegue 'licença-maternidade' após adotar criança". Até aí nada de muito exepcional, até ler a matéria e ver o nome da nossa Ipirá envolvida na história. A matéria é do dia 30 de dezembro de 2008 e segundo o jornal, o advogado baiano Ricardo Sampaio, na época com 30 anos, conseguiu a vitória até então inédita concedida pela justiça brasileira, licenca-maternidade a uma pessoa do sexo masculino.
Ricardo conheceu a criança, na ocasião com cerca de 2 anos, em Ipirá, e a mae com 14 anos, concordou com a adoção. Ele é analista judiciário do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), e entrou com o pedido no próprio orgão mas lhe foi negado "por ser homem". Foi então que Ricardo entrou com o pedido na Justiça Federal, baseado no princípio da igualdade, previsto na Constituição. "Uma mulher que adota uma criança não sofre com o pós-parto, então não há porque haver diferenciação", alega.
Continuei a pesquísa mas não encontrei mais informações sobre o desfecho da história, já que o INSS iria recorrer da decisão. Se alguem souber, por favor avise-me.
