Êta povo romântico!

“…Nos salvam, nos salvarão

Dessas trevas e nada mais…

Enquanto os homens

Exercem seus podres poderes

Morrer e matar de fome

De raiva e de sede

São tantas vezes

Gestos naturais…´´ (Caetano Veloso)

Transcrevi esses verssos acima em forma de comentário à postagem ``BLACKOUT IN IPIRÀ´´ no blog da colega Lílian Simões. Não estive nesse tão comentado apagão que assolou Ipirá, afinal de contas, estou do outro lado do país(São Paulo), mas sinto-me solidário aos ipiraenses. Aconteceram mais faltas neste período: de água(não é novidade) e moral.

Agora o que mais chamou atenção nos comentários lá escritos não foram críticas políticas, nem mensagens de descontentamentos, e sim, o romantismo do ipiraense. Muitos dos leitores exaltaram o belo cenário que pôde ser observado sem as costumeiras luzes. Céu estrelado, noite enluarada, casais enamorados e muita história pra contar de uma noite às escuras, com um certo exagero é claro, mas com um romentismo digno de roteiro cineasta.

``Por ser uma pessoa romantica, viajei olhando as estrelas, nelas pude perceber que nem tudo está perdido, nessas ruas, becos, travessas, tinha muitos casais amando loucamente com o medo batendo em suas portas...´´, disse um dos comentaristas, comprovando que o espírito do ipiraense estava mesmo iluminado, ao contrário da eletricidade da estimada Coelba que teimava em não retornar.